domingo, 28 de abril de 2013

Como analisar uma ficção científica

Depois de quase um mês sem postagens, eu quero fazer um serviço de utilidade pública: como analisar uma ficção científica! (ou Sci-Fi)

E porque diabos eu estou fazendo esse texto? Começa pelo erro que muitas pessoas cometem ao tentar destrinchar um filme ou livro; como o "furo" do segundo "Back To The Future" (um dia escrevo sobre isso).

Outro motivo é que acho que é necessário dar essa ideia para as pessoas, não é necessário ser expert em ficção ou ter feito faculdade de cinema para entender Star Wars por exemplo; e acho que as pessoas podem começar pensando melhor sobre os filmes que já gostam.

 Então chega de Bullshit!

1- Contexto histórico. Sim, é importante para qualquer obra entender primeiro o que estava rolando antes de analisarmos. Afinal antes de analisarmos 20.000 léguas submarinas, temos de saber que Julio Verne viu o 1° carro ser construído. Não só a parte científica, mas a filosófica, a artística e até a política. Afinal obras como (o fantástico!) 1984 tinham um contexto mais político e histórico, do que necessariamente científico.

2- Ciência da época. Nem preciso me aprofundar para mostrar que é óbvio que é necessário. Ao analisar obras como Frankenstein, com o que estava sendo debatido (na área científica) na época, a obra ganha mas vida, mais realidade, e você entende mais a proposta do autor, que é o próximo tópico.

3- A Proposta. Toda obra tem a sua proposta, ok, nem todo mundo entende o que é "a proposta". Vou usar os games para explicar, por ser mais fácil. Peguem dois jogos: Rayman e Legend of Zelda. A proposta de Rayman é ser divertido, simples e fazer você jogar por gostar do jogo. Zelda tem uma proposta diferente, é um jogo de fantasia, ainda que simples em jogabilidade, tem uma história boa, com um mundo próprio que faz sentido (na maioria das vezes) fazendo você jogar por gostar do jogo e da história.
Essa proposta é um ponto importantíssimo, principalmente para que se entenda que O Hobbit é um livro infantil, que O Silmarillion é uma etimologia para se entender a Terra Média e etc.

4- O Ritmo. Isso se aplica mais aos livros, mas ainda sim, a importância de analisar se esse ritmo combina com a proposta. Por exemplo, seria um saco se Rayman fosse um jogo de 40h. Ainda tem muitas pessoas não gostam de Tolkien por achar ele muito descritivo, realmente isso é uma das características fortes do autor, além disso, o ritmo é lento, ao menos na maioria dos livros. Porém, Senhor dos Anéis é aquele tipo de livro que você degusta ele em várias semanas, é do tipo em que você tem que pensar sobre ele enquanto lê.

5- Nem sempre é no Futuro! Muitas pessoas acham que para ser Sci-fi tem que ser futurista, na verdade o futurismo é uma categoria de sci-fi, assim, como steampunk, cyberpunk.

6- Visual. Muitos filmes tentam vender o visual, mas o que importa mesmo é a história, a coerência dentro do próprio universo e personagens. Mas ainda sim, o visual pode chamar a atenção, e isso não é ruim. Porém deve ser levado em consideração o visual, para comparações com sequências e essas coisas.

Acho que é isso, me estendi bastante, ficou meio chato. Mas mesmo assim, acho eu que é importante, se tiver mais alguma ideia pode postar aqui nos comentários, dai a gente faz um segundo post talvez..

Bom, era isso. Até!

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